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LILITH


Escrito por ALLAN FEAR

 

1

 Era um dia de outubro escuro, sombrio, silencioso, em que as nuvens pairavam, baixas e opressoras nos céus. Andava eu por um cemitério e, quando as trevas da noite se estendiam, finalmente me encontrei diante da melancólica presença de Lilith.

Lilith era o nome daquela linda garota gótica de cabelos pretos e a pele muito clara sentada sozinha sobre um dos túmulos frios.

No presente momento senti uma sensação de alguma coisa gelada, um abatimento, um aperto intenso no coração. Um sentimento difícil de ser explicado, ou talvez fosse mais que um sentimento, uma vontade de realizar um desejo que a tanto esteve reprimido em meu coração.

Sem dizer palavra alguma, sentei-me ao lado de Lilith e ali, sobre um dos inúmeros túmulos, eu tentava dizer a ela os sentimentos que há muito tempo escondia em meu coração.

Eu não mais tinha dúvidas em meu coração. Era-me óbvio os meus sentimentos para com aquela pálida garota gótica.

Eu amava Lilith como jamais amei outra garota. No presente momento eu não mais conseguia me conter, ardia o desejo de tocá-la, beijá-la e amá-la como jamais amei outra pessoa.

Enquanto ela me fitava profundamente, um largo sorriso iluminou seu belo e pálido rosto, o que me fez ser invadido por um sentimento ainda mais forte e profundo.

Seus olhos tristes contornados com sombras cintilaram ao fitar os meus. Seus tristes olhos escuros eram semelhantes ao leito de um lago calmo sob o crepúsculo.

Que era aquele sentimento senão o amor?

Sentimento este que me fez perder o controle das emoções. Repentinamente, de um momento para outro, eu não mais podia lutar contra as sombrias visões que se amontoavam sobre mim.

Então algo terrivelmente forte me fez estremecer em uma confusa e estranha visão da realidade.

2

 

Embora eu ainda conseguisse sentir a presença de Lilith, sua silhueta havia desaparecido. A estranha visão que surgia em meu espírito se repetiu cada vez mais, demonstrando a viva força das sensações que me oprimiam.

Minha imaginação trabalhava tanto, que me pareceu haver realmente visto não só uma silhueta, mas sim a própria Lilith, que não mais se encontrava como eu, sobre o túmulo, mas sim, sob ele.

            Lágrimas rolaram por minha face porque eu sabia que estava apaixonado por um fantasma.

            Mas um sorriso frio iluminou meu rosto e me deu esperanças quando eu retirei do bolso de minha calça um canivete. Tudo o que eu precisava era de alguns cortes no pulso e para sempre eu estaria junto com aquela linda gótica por quem fui, perdidamente, me apaixonar.        

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