Escrito
por ALLAN FEAR
CAPÍTULO
1
Era um domingo no final da tarde, quando
minha esposa e eu estávamos no embarque da rodoviária aguardando o ônibus para
voltar à nossa cidade em Guarulhos, São Paulo.
Aos
olhares alheios, o semblante triste e depressivo expresso no rosto de minha
esposa e também no meu, passava a impressão de que estávamos retornando, ou
indo, para um velório. Eu estava cabisbaixo, profundamente magoado e chateado.
Minha
amada Esposa Jussara, uma mulher jovem, de corpo sarado e longos cabelos
loiros, parecia insegura, eu diria até arrependida e confusa.
Na
verdade, estávamos retornando de nossa, fracassada, lua de mel. Não porque não
havia amor entre nós, mas algo muito frustrante havia acontecido.
Meu
nome é Renan, sou analista de sistema e quando entrei para a academia há quase
um ano, conheci Jussara, uma mulher simples, humilde, mas encantadora e de cara
eu já me interessei. Começamos a sair, conheci sua família e descobri que ela
era uma daquelas damas a moda antiga, cuja crença permitia o sexo apenas depois
do casamento.
Eu
realmente me apaixonei por ela, ardia-me de desejos de leva-la para a cama, mas
minha persuasão não surtia efeitos com ela, e naquele misto de amor, romance e
sedução, decidi me casar, afinal ela era lindíssima, com um corpo de deixar
qualquer marmanjo babando.
No
auge de meus 35 anos eu sempre fui um galanteador, adorava encontros casuais e
estava sempre indo para a cama com lindas beldades, mas assim que assumi o
namoro com Jussara, eu parei com a libertinagem.
Jussara
ela uma mulher de igreja e me arrastava com ela para as missas e logo comecei a
amar de verdade aquela mulher, ficando totalmente casto por ela, aguardando a
noite de núpcias para, finalmente, poder voltar a experimentar o doce prazer do
gozo.
Passou-se
então, seis longos meses que eu não tive uma ejaculação sequer e aprendi a
controlar. Nossos beijos eram muito suaves e quando o clima começava a
esquentar ela se afastava.
Por
fim nos casamos em uma linda cerimônia e viajamos para cabo frio para nossa
noite de núpcias.
Mas
todo aquele desejo por Jussara que me fazia respirar fundo para acalmar meu
companheiro que ficava duro como rocha, simplesmente, em nossa noite de
núpcias, apenas fez disparar meu coração e causar tremeliques em minhas
mãos. De alguma forma estranha, eu não
mais consegui uma ereção. Tentamos de tudo e nada, nem mesmo um daqueles
comprimidos de Viagra conseguiu me ajudar.
Eu
havia desejado tanto aquele linda e sensual mulher, ficava totalmente excitado
de apenas pensar nela ou me aproximar, e ali, com ela em um luxuoso quarto de
hotel, pelados, fitando, tocando e provando aquela vagina toda molhadinha,
rosada, pegando fogo, eu simplesmente não conseguia uma maldita duma ereção.
Jamais
em minha vida algo tão vergonhoso, tão constrangedor e terrível havia
acontecido comigo.
Por
fim, quase uma semana depois, decidimos voltar para casa, frustradíssimos, pois
de fato eu precisava procurar um tratamento com urgência ou correria grande
risco de Jussara me deixar, afinal que mulher virgem iria querer ficar casada
com um broxa?
Alguma
coisa dentro de mim, me dizia que aquela crença do padre Kevin, da igreja que
Jussara frequentava, de abstenção sexual, havia atrofiado o meu pênis, ou
simplesmente desligado as sensibilidades ligadas ao tesão e ereção.
Desiludido,
comprei as duas últimas passagens que tinham para aquele dia. Não suportava
passar nem mais um minuto naquele paraíso que era Cabo Frio sem ao menos poder
ter uma noite de amor com minha esposa, virgem, que havia esperado 25 anos para
ter sua primeira vez.
Como
havia comprado as passagens em cima da hora e estávamos no agitado mês de Janeiro,
os assentos eram separados. Jussara ficou com a poltrona do primeiro andar, que
era leito e eu fiquei na parte de cima daquele luxuoso ônibus de 2 andares.
Dei
um beijo no rosto de minha amada e entramos no ônibus após o motorista conferir
as passagens.
Segui
a fila de passageiros, subindo as escadas do veículo e sentei na poltrona ao
lado da janela, mais na parte da frente do ônibus. Coloquei os fones de ouvido,
deixei algumas velhas canções de rock tocando, deitei o máximo que a poltrona
permitia, afivelei o cinto de segurança e comecei a cochilar. Eu sempre durmo
em viagens, mas logo algo muito estranho tiraria meu sono.
CAPÍTULO 2
Despertei, algum tempo depois, quando as
músicas haviam parado de tocar. Ouvi um rosnado ruidoso que pensei ser o
barulho do motor do ônibus, mas notei que era a respiração de uma pessoa ao meu
lado e então, que saindo daquele estado grogue do sono, senti um par de mãos
abaixarem o zíper da minha calça Jeans.
Deixei
os olhos entreabertos na penumbra e vi que havia uma mulher gorda ao meu lado.
Usava o cabelo preto anelado solto e um vestido florido, notei que ela era bem
cheinha.
Sorrateiramente
a mulher ia abaixando meu zíper e desabotoou o botão da calça e foi enfiando
gentilmente uma das mãos em minhas partes íntimas.
Pensei
em dar um pulo da poltrona e indagar o que ela estava fazendo ou simplesmente
pigarrear e me mexer, mas quando sua mão tocou em meu membro sobre a cueca,
senti um arrepio e, pela primeira vez, meu órgão sexual pareceu dar sinal de
vida.
O
coração dentro de meu peito acelerou enquanto um arrepio percorreu por minhas
costas. Será que aquela tarada sexual conseguiria me fazer ter, novamente, uma
ereção? Eu decidi ficar quieto e esperar para ver.
A
mulher enfiou a mão dentro da minha cueca, fazendo-me sentir seus dedos ásperos
tocarem meu membro ainda desfalecido. Aproveitando que o rosto dela estava na
minha frente, fitei-a, percebendo que ela aparentava já ter uns 40 anos, um
rosto pastoso, cheio, com muitas papadas e uma grande verruga na ponta do
queixo.
A
mulher começou a se abaixar e então senti sua boca quente começar a sorver a
cabeça do meu membro, provocando arrepios intensos em todo meu corpo. Minha
respiração começou a ficar entrecortada. Silenciosamente eu rezava para que
pudesse ter uma ereção, pois isso poderia me curar e me fazer viril novamente.
A
mulher tarada sorvia, mamando como uma cabrita desmamada o meu membro, que mesmo
emitindo alguns estímulos, continuava caído como uma minhoca morta.
Por
fim a velha ergueu a cabeça, ela lambia os lábios, um brilho pervertido
faiscava em seus olhos escuros e cansados.
A
mulher mexeu rapidamente em sua bolsa que estava em seu colo e voltou a se
inclinar sobre meu colo quando vi a grande tesoura prateada em sua mão direita
enquanto que com a outra apertava o meu membro, esticando-o, pronta para
cortá-lo.
CAPÍTULO 3
Por
um instante o terror fez o sangue gelar em minhas veias, provocando uma
aterrorizante e amedrontadora paralisia. A insana mulher simplesmente iria me
capar no meio da viagem.
Num
impulso violento, consegui me libertar da paralisia do medo e agarrei sua mão
com a tesoura. Eu estava chocado demais para falar alguma coisa.
A
mulher arregalou os olhos quando a contive, lançando-me um olhar de surpresa e
ódio, cuspiu uma praga e rugindo como um animal, conseguiu soltar a sua mão e
cravou a tesoura na poltrona, passando a milímetros de meu ombro.
A
mulher obesa como uma porca pulou sobre mim, sentando-se em meu colo,
fazendo-me sentir suas muitas toneladas de banhas, lutando para me matar,
quando torci seu braço, fazendo a tesoura cair no chão e comecei a apertar seu
pescoço, esganando-a com todas as minhas forças.
CAPÍTULO 4
Foi
neste momento que algo inexplicável aconteceu, enquanto a estrangulava, com
todas as minhas forças, fitando seus olhos dançarem loucamente nas órbitas, sua
língua pendia debilmente da boca e eu senti meu membro começar a se erguer,
endurecendo como rocha e de repente penetrando aquela mulher. Isso mesmo,
simplesmente me senti dentro dela, que usava aquele vestido um tanto quanto
curto, pelo visto sem nada por baixo.
Quando
o pescoço daquela mulher pendeu sem vida do lado do corpo, como o de uma galinha
abatida, aterrorizado por aquela situação inusitada, sentindo que estava tendo,
finalmente, uma poderosa ereção, retirei aquele corpo flácido de cima de mim,
colocando-a no banco ao meu lado e, na penumbra, desafivelei o cinto de
segurança, levantei e saí correndo.
Mas
tudo que fiz foi puxar minha esposa pelo braço, ela estava sentada no andar
debaixo na poltrona do corredor, e arrastá-la para o banheiro, mostrando que eu
havia tido uma ereção.
Jussara
poderia ter estranhado aquela situação repentina, no meio da viagem, mas ela
ficou tão surpresa ao ver e sentir minha ereção que não resistiu ou questionou
a ideia de ter sua primeira vez, na noite de núpcias, no pequeno banheiro de um
ônibus de viagem que balançava de um lado para o outro nas curvas sinuosas
daquela rodovia.
Enquanto
transava loucamente com minha amada, apenas uma coisa ainda me assombrava, e
não era o fato de ter matado a mulher tarada, mas sim o quanto aquele
assassinato me causou excitação ao ponto de quase ter tido um orgasmo.
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