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SEXTA-FEIRA 13

 


Escrito por ALLAN FEAR

 

CAPÍTULO 1

Jaime é um rapaz na casa dos 25 anos. Ele é muito supersticioso e desde uma sexta-feira 13 passada, numa manhã fria e cinzenta, quando ele voltava da padaria com sacolas de pães, mortadela e leite, algo assustador aconteceu.

Primeiro um gato preto cruzou seu caminho na calçada, como ele era desses que odiava gatos, quando tentou chutar o felino, o pobre homem gorducho se desequilibrou quando o animal desviou do chute e acabou caindo no chão de ardósia molhada.

Jaime urrou de dor quando sentiu sua perna fazer um S embaixo de seu corpo pesado.

 

 

CAPÍTULO 2

 

Desde aquele dia que ele se tornou muito mais supersticioso e o ódio por gatos se tornou maior.

Novamente era sexta-feira 13 e Jaime, já com a perna recuperada da fratura do ano anterior, se precaveu de todas as formas supersticiosa que pôde. Usava uma camisa verde, pé de coelho no bolso direito da calça, um colar com trevos de quatro folhas e perfume de canela. Seu objetivo era chegar até a meia-noite sem nenhum problema.

Jaime evitou sair de casa para não ter o azar de cruzar com um gato preto, pois sabia que neste dia maldito os gatos pretos se se aglomeravam nas ruas com seus olhares agourentos.

Ele também não se arriscaria passar embaixo de escadas e guardou todos os espelhos da casa para não correr o risco de quebrar algum.

Mas Jaime era taxista e neste dia fatídico resolveu trabalhar a noite, trocando de turno com um colega de trabalho. Assim ele passou o dia todo em casa e seriam poucas horas de trabalho até passar a meia-noite e os perigos da sexta-feira 13 cessarem.

Quando assumiu o táxi as 19h13, Jaime sentiu uma pontada de medo. Seria aquele um mal presságio que arruinaria sua vida novamente?

 


CAPÍTULO 3

 

Jaime ficou rodando no táxi pelo bairro, evitando as rodovias e avenidas cujo trânsito ficava caótico até às 20h.

Nenhuma chamada, nenhum passageiro, tudo parecia calmo e tranquilo.

A noite estava fria, uma meia lua brilhava pálida no céu escuro e silencioso, sem sinal de nuvens de tempestade.

Mas então, por volta das 23:30, depois de várias viagens sem nenhum problema ou contratempo, quando Jaime passava por uma rua estreita para fazer o retorno, ele viu uma mão usando luvas acenar para o táxi de um ponto sombrio na calçada.

Jaime sentiu uma pontada de medo, deveria parara para aquela pessoa oculta pelas sombras ou deveria pisar no acelerador e dar o fora dali?

 


CAPÍTULO 4

 

Jaime sabia que se desse o fora dali e ignorasse o passageiro e este ligasse na empresa, ele perderia o emprego, sendo assim ele encostou o veículo rente a calçada e esperou.

Uma mulher usando um antigo vestido de época e um grande chapéu de cor preta entrou pela porta de trás do carro. Ela era muito mais gorducha do que Jaime e fez o veículo chacoalhar ante seu peso.

Jaime encarou a mulher pelo retrovisor central e indagou para onde ela desejava ir. Reparou que ela usava um véu fino que lhe cobria o rosto. Aparentava ser de meia idade e ter a pele morena e cabelos grisalhos.

 A mulher de meia idade cuja face estava oculta pelo véu do chapéu colocou suas sacolas ao seu lado no banco e numa voz sussurrada, como o arrastar de folhas mortas pelo vento, disse:

-Me leve para a Rua do Moinho número 13!

 


CAPÍTULO 5

 

Um arrepio percorreu a espinha de Jaime ao ouvir o número pronunciado e se deu conta de que este endereço ficava do outro lado da cidade, um lugar sombrio e horripilante de velhos casarões e conjuntos habitacionais abandonados.

O coração do taxista disparou à medida que conduzia, em silencio, o veículo pelas ruas calmas em direção a rodovia. 

Jaime se convencia silenciosamente que tudo daria certo. Estava protegido pelos talismãs da sorte e aquela maldita sexta-feira 13 já estava findando.

Jaime conduzia inquieto, em silencio, sempre olhando pelo retrovisor central para a senhora no banco de trás que parecia encará-lo. Mas não podia ter certeza por causa do véu escuro do chapéu. Em seguida ele olhava para a pista e depois para o relógio digital no painel do veículo.

O relógio marcava 23h35, que somando os números dava 13! A hora parecia se arrastar como se o tempo quisesse que aquela sexta-feira 13 durasse para sempre.

 Jaime saiu da rodovia e pegou a rota 99. Uma estrada sinuosa e deserta. O destino estava há exatos 13 KM. Ele não via a hora de se livrar da passageira e encerrar o turno.

O perfume de ameixas que a velha usava lhe embrulhava o estômago.

Mas de repente, com o olhar perdido na estrada deserta cujo farol do carro rasgava a escuridão, Jaime sentiu um arrepio na nuca e gritou quando viu a estranha mulher com o rosto próximo do seu pescoço.

 


CAPÍTULO 6

 

Assombrado Jaime indagou o que ela estava fazendo enquanto suas mãos trêmulas lutavam para segurar o volante.

A mulher disse que apenas removeu um inseto de sua blusa, nada mais.

Então Jaime ouviu o estrondo e o sangue em suas veias gelou quando percebeu que um dos pneus havia furado.

Ele pisou no freio quando sentiu o veículo puxar para um lado e por pouco evitou que o automóvel fosse para o meio do mato.

Por que o pneu foi furar justo ali naquela parte deserta e medonha da estrada? E justo numa sexta feira 13? Era a maldição daquele dia dando sua última investida para arruinar seu dia?


CAPÍTULO 7

 

Jaime desceu do carro para a noite fria. Um trovão explodiu nos céus. E junto com nuvens cinzentas e opressoras uma chuva fria começou a cair.  

Jaime ficou ali, em frente ao veículo, vendo um dos pneus dianteiro furado enquanto a chuva fria encharcava seu corpo. Era coincidência demais. Mas na verdade, ele sabia que não havia coincidência numa sexta feira 13.  Era a maldição, o azar.

Jaime colocou a mão no bolso direito do Jeans e não achou o pé de coelho. O bolso estava furado. Então percebeu que o colar de trevos também tinha sumido. A proteção se fora e ali estava ele no meio do nada no final tenebroso daquela fatídica sexta-feira 13.

 


CAPÍTULO 8

 

Então que Jaime viu a velha senhora sair do veículo, seus olhos estavam brilhando num vermelho diabólico atrás do véu e ela segurava uma faca afiada.

            -Você é azarado! – Acusou-o a velha em seu sussurro sombrio, apontando-lhe um dedo cuja grande unha pintada de preto começava a se curvar. –Um grande azarado!!

Um relâmpago faiscou riscando os céus à luz de seu clarão azulado, Jaime contempla a feiura daquela velha, por detrás do fino véu, ele pôde ver o nariz gigante, as verrugas, os olhos brilhantes faiscando.

-É uma bruxa. – Balbuciou Jaime num fio de voz ante o horror que devorava sua sanidade.

A bruxa exibiu o colar de trevos e o fatiou na faca dizendo:

-Suas proteções não podem te ajudar, pois que você traz o azar incrustado em sua alma!

 A bruxa lhe sorri, exibindo seus dentes podres e fala:

 -Eu sinto o seu fedor homem azarado e eu preciso do seu sangue, o sangue de um azarado numa sexta feira 13 para realizar meu feitiço. 

Hahaha...

 


CAPÍTULO 9

 

Desesperado ante a velha louca armada com uma perigosa faca de caça, Jaime começa a correr pela trilha enlameada para dentro da floresta na esperança de despistar a bruxa, retornar e pegar seu carro, afinal encará-la numa sexta-feira 13 seria uma sentença de morte.

A bruxa velha, incapaz de correr, grita palavras estranhas, cantigas antigas e maldições tenebrosas.

Jaime então percebe os galhos e raízes ganharem vida e começarem a se enrolarem em seu corpo como víboras, derrubando-o e prendendo-o.

Jaime grita enquanto se contorce no chão tentando se libertar. A bruxa surge e caminha até ele, a faca brilhando em sua mão ossuda. Ela ergue a faca e pega a mão de Jaime, cortando sua palma.

Enquanto Jaime grita a plenos pulmões, a bruxa grita palavras estranhas, ergue as mãos e parece dar comandos ao tempo, que de repente, cessa a chuva.

A velha, rindo loucamente,  se volta para Jaime e coleta seu sangue que mina da palma rasgada de sua mão.

Hahaha...

            Então a bruxa se vira e vai embora desaparecendo nas sombras frias da noite.

Os galhos se afrouxam no corpo de Jaime e parecem perder a vida. Possuído pelo horror Jaime está arfando, sentindo as pernas moles e está todo coberto de lama e sangue.

Ele se levanta e saí em na esperança de entrar em seu carro e ligar para polícia e uma ambulância.

Enquanto caminha em direção a estrada, Jaime pare e olha a sua volta quando sente que há alguém à espreita.

Então um arrepio gélido serpenteia por suas costas quando ele vê vários olhos vermelhos faiscando na escuridão.

 


 

CAPÍTULO 10

 

Jaime grita quando inúmeras criaturas de olhos vermelhos surgem naquela escuridão assustadora, rodeando-o.

Ele então ouve os miados assustadores. Os sibilos agudos e fantasmagóricos. Sob à luz de um relâmpago Jaime se vê cercado por inúmeros gatos pretos.

Mas o que os felinos queriam. De onde havia saído tantos gatos pretos? As indagações assustadoras explodiam como trovões na mente de Jaime.

Jaime não demorou perceber, à medida que o círculo de felinos a sua volta se fechava, que seu sangue vermelho brilhante gotejava de sua mão e que os gatos fitavam fascinados o sangue pingando. Eles pareciam enfeitados por aquele néctar vermelho-brilhante.

 


CAPÍTULO 11

 

Gritando a plenos pulmões e correndo como um louco, Jaime rumou para a estrada ante os sibilos de protesto dos felinos.

Jaime chegou ao seu carro quase sem fôlego e adentrou o veículo, sentou-se ao volante e deu a partida, acelerando por aquela estrada lamacenta, lutando para controlar o veículo cujo pneu furado atrapalhava a condução.

-Isso mesmo seu azarado, acelere essa lata velha. – Jaime estremeceu ao ouvir a voz da velha sentada no banco de trás. –Eu tenho pressa para chegar na convenção das bruxas na Rua do Moinho número 13.

 

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