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VINGANÇA MACABRA



                     
 Escrito por ALLAN FEAR

                                    CAPÍTULO 1

Era um sábado de manhã, entre dez e onze horas, quando chegava eu, Dom Henrique, naquele cemitério, cujo nome eu não me lembro mais.
Lá estavam meus familiares, ao redor de uma cova aberta. Ali seria enterrado dentro de alguns instantes o corpo de minha falecida mãe.
Devido a um imprevisto, não pude nem chegar a tempo do velório de minha mãe, que eu não via há cerca de vinte anos.
Ela morrera alguns dias atrás, vitimada por um fulminante câncer no coração.
Morrera aos 93 anos, sem realizar o desejo que queria de me ver novamente.
Somos, no total, quatro irmãos, sendo três homens e uma mulher, e eles culpam-me por não ter vindo ver nossa mãe ainda viva.
Mas no fundo eu não estava nem aí, ela já estava velha e precisava descansar, tanto fazia me ver ou não.
Só vim mesmo por que era preciso. Um de meus irmãos, José, morava com sua esposa Lívia e sua filha, Débora, de 11 anos, na casa junto com minha mãe, Eustáquia, em seu sítio, localizado no interior de Belo Horizonte. Agora que nossa mãe morreu, eles, dentro de uma ou duas semanas no máximo estariam se mudando para um apartamento em São Paulo.
Sendo assim, a enorme casa do sítio ficaria para mim, uma vez que eu fora despejado de uma casa na capital de Belo Horizonte, onde morava com uma garota.
Sem emprego e moradia a solução era mesmo ir morar na casa de minha mãe. Os outros irmãos acabaram concordando com essa idéia.
Voltando ao enterro de minha mãe, quatro coveiros depositavam cuidadosamente o caixão na sepultura, sem que eu olhasse pela última vez o rosto de minha mãe.
Mas como disse antes, não me importava com isso.
Logo começaram, usando apenas duas pás velhas, a cobrir o caixão com terra vermelha e úmida. Havia chovido um pouco naquela manhã de sábado, e nos céus, pairavam grossas e cinzentas nuvens que ameaçavam uma tempestade, enquanto o vento soprava levemente gelado contra nossos rostos.
Após o enterro de nossa mãe, eu estava indo para o sítio com meu irmão José, sua filha e sua esposa em seu carro.
Durante a viagem não conversamos muito, José estava triste, ele sempre fora muito apegado à mãe.
O enterro era perto do sítio e demorou só uns dez minutos até chegarmos lá.
Descemos do carro e vi que a casa continuava a mesma coisa. As paredes amarronzadas, com uma pintura desbotada e algumas pequenas rachaduras um pouco abaixo do telhado.
A casa era grande e ao seu redor, o chão era coberto por uma grama verde e bem aparada, que ainda estava úmida pela chuva da manhã.
José abriu a porta da casa e entramos, a sala continuava a mesma, com apenas algumas decorações diferentes, tais como um quadro ou outro na parede, e uma televisão maior que a antiga. Olhando para os cantos da casa, reparando cada detalhe e me recordando de quando morava ali, vi algo se mover embaixo do sofá. Era uma criatura peluda e escura.

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CAPÍTULO 2


Débora se abaixou no pé do sofá e pegou o animal que estava lá debaixo, era um enorme e saudável gato preto.
Minus, pois assim, segundo Débora, se chamava o gato, cujo pêlo totalmente negro brilhava com a claridade do dia que entrava pela porta da sala.
E os olhos deste gato, de uma cor azul marinho, eram encantadores.
Não gosto de gatos, e acho que nunca gostei, sempre preferi os cachorros, pois por mais bravos que possam ser, eles sempre obedecem ao dono. Por exemplo, se você grita bravamente com seu cão, ele abaixa a cabeça, mostrando total obediência. Mas os gatos não. Eles não ligam, são frios e difíceis de se domar. E ainda têm aquela história de eles terem sete vidas. Os gatos são cercados de mistérios, mas não creio que possam ter mais que uma vida.
Mas Minus era dócil, às vezes carinhoso, passava a maior parte do tempo deitado em algum canto da casa.
Ele não me aborrecia, mas como disse, nunca gostei de gatos, e com Minus não poderia ser diferente.
Meu irmão José também nunca gostou de gatos, mas como este era de sua esposa, ele aceitava sem reclamar. Já Débora, a garota parecia gostar do animal, e, como estudava à tarde, ficava parte da manhã brincando com ele.
Passaram-se cinco dias desde o enterro de minha mãe. José, sua esposa e sua filha iam permanecer naquela casa mais uma semana, pois estavam terminando a reforma do apartamento que compraram em São Paulo.
Eu passava todas as tardes sozinho naquele sítio, José trabalhava numa cidadezinha perto dali, enquanto Lívia trabalhava à tarde numa escola naquele bairro, aliás, a mesma escola em que Débora estudava.
Lívia era uma mulher linda, de pele clara, cabelos ruivos e lisos, que lhe passavam alguns centímetros dos ombros. Seu corpo era bem definido e sensual. Débora se parecia muito com ela, principalmente na semelhança da boca, em formato de coração.
Numa segunda-feira, acordei logo cedo, umas sete horas, depois que José já tinha ido pro trabalho, e me sentei na beira do lago atrás da casa. Pus-me a contemplar a água verde do lago, que refletia algumas árvores que o rodeavam.
O lago também refletia as inúmeras nuvens cinzentas que pairavam baixas e opressoras nos céus. Distraia-me em pensamentos e olhares perdidos, enquanto um vento frio e suave soprava-me o rosto.
De repente, quando olhei para trás, vi Lívia, que me olhava fixamente de uma janela entreaberta. Quando me viu olhá-la, de surpresa, se afastou da janela, sumindo dentro da casa.
Em seguida me levantei e caminhei para dentro da casa. Ao entrar, vi Minus, que passou por mim, me ignorando.
Fui até o quarto de Lívia, e a vi sentada na cama. Ela usava um short muito curto, cor-de-rosa e uma camiseta da mesma cor, que lhe deixava a barriga à mostra.
Entrei em seu quarto sem dizer nada e sentei ao seu lado. Com uma das mãos, tirei-lhe uma mecha de cabelo que lhe caía no rosto e o coloquei atrás de sua orelha. Ela sorriu-me meio sem graça.
Disse-lhe o quanto invejava meu irmão por ter uma esposa tão linda, e também disse-lhe o quanto desejava beijá-la. Ela recuou, disse que era fiel ao meu irmão e que eu não podia dizer essas coisas. Quando ela tentou levantar para se afastar de mim, eu a segurei pelo braço e a puxei. A fiz sentar em meu colo e em seguida a beijei.
Ela tentou resistir, mas acabou caindo em meus encantos. Comecei a despi-la e transamos loucamente.
Quando acabamos, eu estava me vestindo, já estava colocando a camisa, Débora entrou no quarto. Lívia estava nua, em baixo de um edredom, mas Débora parecia não desconfiar de nada.
Depois deste ocorrido, comecei a me relacionar com Lívia às escondidas.
Mais alguns dias se passaram. Era uma quarta-feira à tarde, e eu estava, como de costume, sozinho em casa. Sem nada pra fazer, estava num cômodo da casa onde havia, numa grande estante, vários livros diversos. Tinha uma parte com livros infantis, romances e história. Nada que me interessasse, mas continuei olhando título por título.
Um deles chamou-me a atenção, era um livro grosso, grande, cujas grandes letras douradas na capa diziam: O LIVRO ENCARNADO DE SÃO CIPRIANO.


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CAPÍTULO 3


Pelo que já ouvi falar, são Cipriano foi um grande e poderoso mago.
Este livro ensinava a executar inúmeras de suas magias, tanto para o bem, quanto para o mal. Uma das magias que constava no livro me interessou bastante. Tratava de adquirir grande fortuna e riqueza.
No livro dizia: “COMO CRIAR DOIS DIABINHOS”:  Arranque dois olhos de um gato preto ainda vivo, coloque-os dentro de dois ovos de galinha preta, retirando apenas a clara, depois enterre-os em uma grande vasilha com fezes de cavalo. Regue de dez em dez dias, e após um mês, nascerão ali dois diabinhos, em forma de lagartos, com cerca de quinze centímetros, que lhe obedecerão e lhe darão muita riqueza. Para alimentar os diabinhos, use um canudo de marfim e lhes dê apenas pedaços pequenos de ferro.’
Nunca havia tentado nenhum tipo de magia, embora sempre tivera vontade. Ainda era duas horas da tarde, e não me saía da cabeça a idéia de executar aquela magia negra, foi quando vi Minus parado frente à porta do quarto onde eu estava. Ele me olhava friamente, e quando dei um passo em sua direção, ele recuou e saiu da minha presença.
Pus-me a pensar por alguns momentos no que fazer. Decidi sair de casa, apanhei uma vasilha grande e fui até um armazém que ficava no final da rua. Lá, pensativo e um pouco nervoso, tomei uma decisão: Eu iria praticar aquele ritual de feitiçaria, afinal o que teria a perder?

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CAPÍTULO 4



Pra começar tomei umas doses de Cortezano misturado com pinga, depois comprei dois ovos de galinha preta. Estava decidido a executar aquela magia negra.
Na volta pra casa, avistei fezes ainda frescas de cavalo na estrada, então enchi a vasilha que carregava.
Sentia-me mais corajoso pelo efeito do álcool.
Levei o livro, a vasilha com vezes de cavalo e os ovos de galinha para trás da casa, um pouco depois do lago, rente a algumas árvores. Coloquei tudo no chão e vi que faltava o principal: o gato preto!
Onde diabos eu encontraria um gato preto?
De repente eu me lembrei: Minus, o gato de Lívia! Era todo preto. Era perfeito.
Depois diria que o gato fugiu, elas iriam ficar um pouco bravas, mas depois arrumariam outro igual.
Fui para dentro de casa apanhar uma faca, umas amarras e o gato. Este estava debaixo do sofá, cochilando como sempre, mas quando o peguei, se enfureceu e tentou sem sucesso me arranhar. Usando de certa força, o imobilizei, amordaçando suas patas e sua boca. Não foi fácil, acabei ganhando alguns arranhões. Mas nada grave.
Levei o gato imobilizado para trás da casa. Minus agora era uma presa fácil.
Segurando uma faca pontiaguda, e usando de muita frieza e cautela, arranquei-lhe cuidadosamente seu olho direito. O pobre animal contorcia-se em dor, e gemidos, os mais estridentes, lhe saíam da boca amordaçada. Logo após o olho direito, arranquei-lhe o olho esquerdo, deixando suas órbitas vazias e sangrentas.
Minus lutava desesperadamente para se libertar, mas de nada adiantava seus esforços.
Eu o amarrara muito firme. Cautelosamente coloquei os olhos do gato dentro dos ovos da galinha preta, que eu apenas retirei a clara e deixei a gema, enterrei-os dentro das fezes de cavalo, que ainda estavam mornas, agora era só esperar, dentro de um mês nasceriam ali dois diabinhos que me trariam fortuna e riqueza. Não sei o que, mas algo dentro de mim acreditava nessa loucura de magia negra.
Minus ainda não morrera, agonizava medonhamente no chão, enquanto suas órbitas vazias não paravam de jorrar sangue.
Mas neste estado, logo a morte o levaria.
Mas de repente uma voz grossa e ameaçadora gelou-me o sangue dento das veias.
A voz era do meu irmão José que perguntou:
-Mas que diabos está acontecendo com Minus?
Estremeci-me da cabeça aos pés, e quando me virei para meu irmão, segurando a faca toda ensangüentada e com vários arranhões nos braços, vi-o se enfurecer como um animal selvagem.



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CAPÍTULO 5


-Seu maldito! O que está fazendo? - Perguntou-me ele horrorizado, vendo o gato morrer a seus pés.
Não tive palavras para dizer naquele momento. Apenas permaneci parado, fitando-o pasmo. Certamente ele chegara mais cedo do serviço por algum motivo.
Completamente louco de raiva ele saltou para cima de mim, golpeando-me com murros fortes e duros. Larguei a faca e tentei detê-lo, embora fosse mais forte e mais alto que ele, naquele momento sua força era dez vezes maior que a minha.
Caímos os dois no chão e rolamos, até eu o jogar dentro do lago.
-Eu não sei por que diabos fez isso com Minus, só sei que está bêbado, e por mais que odeie gatos você não tinha o direito! Ele era a paixão de minha esposa e de minha filha, seu demente! - Começou a gritar José loucamente. –Agora suma com esse cadáver daqui antes que Lívia e Débora o vejam.
Ele me deu um último olhar nos olhos e foi para dentro da casa, sem dizer mais nada.
Após ele ir, enterrei o gato, ainda vivo, agonizando, logo depois do lago.
Naquele fim de tarde José pegou sua filha e esposa e deixou o sítio.
Senti-me um pouco chateado quando Lívia e Débora descobriram que o Minus saíra pra rua e fora atropelado por um carro. Foi o que lhes contou José. Também dizer a verdade deixariam-nas mais horrorizadas. Foi tudo tão rápido, não tive nem tempo de me despedir de Lívia. Apesar de triste ao saber da morte de seu gato, ela não tirava os olhos de mim. Sentia que ela me desejava, queria novamente fazer amor comigo. E comigo não era diferente, também a desejava, mas naquele momento não dava para conversarmos. José estava histérico, odiava-me com todas as suas forças. Foi difícil, ele pensava que eu matara o gato apenas por sacanagem, por estar bêbado. Mas que merda de diferença faria se eu lhe contasse a verdade? Iria ele me odiar de qualquer jeito.
No fim daquele dia tumultuado, uma noite fria e chuvosa com uma imensidão de trovões e raios se fez presente de forma ameaçadora.
Aquela noite para mim fora muito inquieta e pavorosa, apesar dos barulhos da chuva e dos trovões, eu escutava os miados estridentes de um gato amedrontado, inquieto, que parecia ficar rodeando minha casa sem parar.
Mas para meu assombro, por várias vezes eu vi a imagem de Minus se materializar em minha frente em meio às trevas da noite.
Era me invadido um terror paralisante, eu podia ver a figura daquele gato preto, tal como eu o deixei, sem os olhos e com suas órbitas vazias e escorrendo sangue.
Tais visões macabras que me apavoravam, eram como flashes que apareciam e desapareciam em minha mente em uma fração de segundos.
No outro dia quando acordei pensando que tudo não passara de um pesadelo, me surpreendi com o estado em que o tempo se encontrava. Nuvens cinzentas e opressoras tapavam por completo o azul do céu, criando um clima gelado. Sim, um frio capaz de congelar até mesmo a alma do mais aquecido corpo humano.
Naquela fria e sombria manhã de sexta-feira, a primeira coisa que fiz foi procurar o cadáver de Minus, que para meu espanto havia desaparecido da cova que eu havia o enterrado, deixando apenas um rastro de sangue, e as cordas com que o havia imobilizado, lá estavam em pedaços.



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CAPÍTULO 6


Em seguida fui até onde executara a magia negra e me espantei novamente com horror. A vasilha onde eu havia enterrado os ovos com os olhos do gato estava destruída! Os ovos esmagados assim como os olhos do gato.
Naquele clima de suspense estremeci-me novamente com horror quando escutei um rugido animal ecoar ruidosamente em meus ouvidos.
Ao olhar assustado para trás, procurando a criatura que soltara aquele rugido, vi Minus! O gato preto estava com o pêlo molhado e arrepiado, e permaneceu em posição ameaçadora, se preparando para me atacar.
Aquele animal à minha frente não era mais aquele gato dócil e carinhoso de antes, sua personalidade havia se transformado em algo diabólico. Suas órbitas vazias, agora eram tomadas por um vermelho forte da cor de sangue e parecia soltar labaredas de fogo.
Enquanto o olhava paralisado pelo horror que eu sentira naquele momento, ele saltou sobre meu rosto arranhando-me com suas afiadas garras.
Tomado por uma insuportável dor usei-me de muita força arrancando o animal de meu rosto e atirei-o para o chão.
Assim que ele caiu desatou a correr em disparada afastando-se de mim, satisfeito por me atingir.
Eu sentia uma dor terrível em meu olho esquerdo, enquanto muito sangue escorria sobre minha face.
Quando por fim entrei em minha casa e olhei no espelho me empalideci, pois vi que meu olho esquerdo havia sido perfurado pelo ataque do gato.


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CAPÍTULO 7


Mesmo horrorizado e tomado por ódio eu tive os cuidados de fazer alguns curativos em meu olho perfurado, para assim evitar qualquer tipo de infecção, eu sempre fui desses que odeia hospitais e sempre preferi eu mesmo cuidar de minhas lesões.
O dia passou e não mais vi Minus. Já durante toda noite senti dores terríveis e escutei os malditos miados estridentes do gato preto.
Mesmo com o olho que ainda me restara aberto, eu conseguia ver, no meio das trevas, claramente seus olhos azuis, que de um momento para o outro se tornavam vermelhos. Sim. Um vermelho diabólico, enquanto seus miados estridentes quebravam o silêncio da noite, deixando-me perplexo.  
Enquanto as visões aterradoras possuíam-me de corpo e alma, meu coração acelerava dentro do peito e minhas mãos tremiam. Que diabos estava me acontecendo?  
Por fim eu não mais suportava aquela situação, eu tinha que fazer alguma coisa e tomado por ódio decidi pôr um fim definitivo naquele maldito gato.
Levantei-me então da cama e não tinha outro pensamento, senão destruir Minus de uma vez por todas.
Peguei uma garrafa com gasolina e uma candeia de querosene e comecei a procurar Minus em meio à sombria e gélida noite.
Logo eu o encontrei e como da vez anterior ele me atacou, saltou sobre minha face, mas desta vez eu o agarrei no ar pelo pescoço e o inundei com gasolina e em seguida atirei-lhe fogo! Tomado pelas chamas que envolviam rapidamente todo o seu corpo, ele soltou seus últimos miados agonizantes, mas desta vez mais alto, como rugidos de vários animais que pareciam vir de toda parte, para ecoar em meus ouvidos.
Em meio às chamas que o envolviam, surgiu à pavorosa e enorme figura de um gato preto, que em seguida saltou sobre minha face completamente envolvido em chamas.
Mas o gato havia se transformado em uma criatura enorme que me envolvera em um ataque muito poderoso e terrível.
O ataque frontal arrancou dolorosamente meu olho direito e rasgou toda minha face.
Eu estava cego e quase enlouquecendo pela dor que sentira, mas mesmo assim eu, Dom Henrique, conseguia ver claramente a figura sombria e demoníaca daquele gato preto à minha frente, que voltara do inferno para se vingar de quem o mandou para lá.

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