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BELFEGOR


https://www.youtube.com/watch?v=zNcg_wT2V28&t=22s

Escrito por ALLAN FEAR
 

Jéssica exibiu um sorriso meio sem jeito quando Justin, seu namorado, lhe presenteou com aquele lindo e exótico gato semelhante a uma onça.
            -É um filhote de onça? – Indagou Jéssica ao segurar o felino cuja pelagem era idêntica à de onças pintadas.
            -Este gato é de uma raça chamada Bengal, parecem mesmo pequenas onças. – Explicou o namorado acariciando a cabeça do felino que ronronava nos braços de Jéssica. –Espero que goste dele, meu amor!
            -Ele já tem nome? – Indagou Jéssica olhando nos faiscantes olhos do gato.
-Sim! Ele se chama Belfegor! – Disse Justin exibindo um largo sorriso e o felino miou em seguida como se respondesse ao nome pronunciado. 

***

            Jéssica havia adorado o gato e teve de insistir com seus pais para que a deixassem ficar com ele, mas havia um pequeno problema: Jéssica era alérgica a pelos de gatos.
            Mas como Belfegor havia sido um presente tão carinhoso do namorado, seus pais aceitaram o animal, com a condição de que ele fosse criado do lado de fora de casa.
            Logo Jéssica viu que Belfegor era manso e queria sempre ficar em seu colo, ela permitia isso até que sua alergia atacasse e ela começasse a espirrar.
            Naquela noite, após terminar suas lições do colégio, a jovem Jéssica se deu conta de que Belfegor estava aninhado em seus pés. Ela pegou o gato nos braços e o levou para o lado de fora.
            Jessica foi para a sala assistir TV, gostava de ver Twiligh Zone às 21 horas.
              Lá fora uma chuva começou a cair. Relâmpagos estalavam nos céus jorrando suas luzes fantasmagórica no vidro da janela da sala.
            -Ahhh!- Gritou Jéssica quando o gato pulou em seu colo. – Belfegor!! Não pode assustar desse jeito sua mamãe. Você tem sua caminha na garagem, vamos, vá dormir e não tenha medo da chuva.
            Jessica se levantou do sofá surrado de vinil e levou o gato no colo para a garagem onde ela havia preparado uma aconchegante cama numa caixa de papelão para o felino. Ela o depositou ali e voltou para dentro de casa fechando a porta.
            Mas novamente, após alguns minutos, o gato irrompeu pelas trevas do aposento e pulou no colo de Jéssica. Ela começou a espirrar e devolveu o felino à sua caminha, certificando-se de fechar todas as janelas da residência.
            Mas novamente a cena se repetia. O felino dava um jeito de adentrar a casa. Mas por onde ele estava entrando?
            Jéssica se certificou de que não havia nem sequer um basculante aberto, foi então que, pela sexta vez, ela pegou Belfegor nos braços e quando ia levá-lo para fora, o felino sibilou e a arranhou.
            -Aiiii! - Jéssica gritou e soltou o animal para em seguida ver os filetes de sangue vermelho-brilhante escorrem por seu braço. 

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            O pai de Jéssica apareceu segundos depois na cozinha e indagou: -O que diabos está acontecendo aqui filha?
            -O gato está entrando dentro de casa, mas eu fechei tudo, não seu como ele faz isso.  – Disse Jéssica.
            -Eu sabia que esse bicho era uma má ideia. – Rosnou o pai de Jéssica e levou a mão para pegar o felino quando este o arranhou e saiu em disparada casa adentro.
            O pai ergueu a mão e encarou os arranhões que faziam seu sangue fluir avidamente. 
            Com a mão ferida enrolada em papel toalha pai e filha procuraram por toda a casa pelo animal, mas não encontram nem sinal do felino.
            -Mas como diabos esse gato saiu da casa? – Indagou o pai de Jéssica confuso. –Vamos olhar lá fora.
            Quando Jéssica e seu pai foram na garagem, encontraram Belfegor morto, ao que tudo indicava o animal havia tentado subir em uma janela que daria para a cozinha, mas acabou arrastando várias caixas de ferramentas que caíram sobre ele. Enterrado nas costas do felino havia uma broca de furadeira.
            Após momentos de angústia e tristeza, Jéssica foi para seu quarto tentar dormir, mas sabia que teria pesadelos com a visão macabra do gato morto. Ela se sentia culpada por não o ter deixado passar a noite dentro de casa, afinal a tempestade o assustara.
            Jéssica se deitou e puxou o edredom até cobrir a cabeça. Lá fora a chuva continuava a cair. Os trovões retumbavam ao longe. Ela sentia seu corpo frio como gelo.
            -Ãhhh??? – Jéssica sentiu algo pular sobre seu peito. Então ela ouviu o ronronar e quando, cautelosamente retirou o edredom de sua cabeça, fitou, na penumbra do aposento, Belfegor sentado sobre ela.
Os olhos do felino faiscaram um brilho infernal e ele exalou um miado fantasmagórico que a fez sentir todo seu corpo se arrepiar.
Jéssica sentiu o calafrio do pavor gelar o sangue em suas veias enquanto encarava o gato morto e pôde finalmente entender como aquele animal estava adentrando a casa mesmo com portas e janelas fechadas.
Pobre Jéssica, ela havia solucionado aquele mistério, mas agora ela tinha um problema: como ela faria para que Belfegor ficasse do lado de fora da casa?
 
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