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EU VI O QUE VOCÊ ENTERROU



https://www.youtube.com/watch?v=Ez0AWd-Ka9Q&t=375s

Escrito por ALLAN FEAR

CAPÍTULO 1

Era um dia cinzento e frio com nuvens opressoras pairando baixas nos céus. A jovem Érica, como de costume, estava levando seu cachorro, um Poodle branco, para passear no Bosque de Satanás.
Ela conhecia bem as histórias que eles contavam sobre aquele lugar, do suposto ermitão assassino que vivia entre as árvores, os relatos de uivos tarde da noite e as pessoas que ali entraram e nunca mais foram vistas.
Mas Érica não acreditava em nada disso, ela pensava que eram apenas lendas para assustar criancinhas.
Tudo ocorria tranquilamente, quando de repente o cãozinho viu um esquilo correndo entre as árvores e com um puxão forte fez a corrente se soltar da mão de Érica.
Érica assustou e pôs-se a correr chamando por seu animalzinho de estimação de nome Spiker.
Mas o cachorro não lhe deu atenção enquanto corria velozmente atrás do esquilo.
Érica correu, sentindo a brisa morna e pegajosa soprar contra sua face. O perfume de pinho enchia suas narinas. A bolsinha com seus pertences saltitava em suas costas.
Por fim Érica alcançou o cachorro, pegou a corrente e o puxou para perto de si, repreendendo o animal, cuja língua pendia no canto da boca.
Então a menina se deu conta que estava em uma parte sombria do bosque. Havia ido além de onde estava acostumada.
A menina se virou e começou a fazer o sinuoso caminho de volta por entre as árvores cujas copas altas estendia suas sombras pela relva. Foi quando ela ouviu um barulho e percebeu que não estava sozinha naquele sombrio bosque.
Érica andou sorrateiramente em direção ao barulho esperando ver algum animal e um grito de horror ficou engasgado em sua garganta ante uma visão assombrosa que fez os pelos de sua nuca se arrepiarem.


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CAPÍTULO 2


Érica ficou paralisada de medo, olhando para um homem alto, magro, muito magro e calvo, que usava um macacão negro. O estranho tinha uma grande cova aberta a seus pés e ali depositava grandes sacos pretos amarrados com cordas.
Érica estava tremendo de medo, pela silhueta dos sacos não poderia haver outra coisa ali senão corpos humanos.
Os pensamentos assustadores bombardeavam sua mente. Ela se lembrava das histórias assustadoras sobre o bosque de Satanás. Os assassinos que arrastavam suas vítimas por entre as árvores. As pessoas que entraram ali e nunca mais foram vistas. Os corpos encontrados em covas rasas.
            Ela crescera naquela cidade de Hawthersville, um lugar cercado por lendas e maldições. Mas jamais havia se deparado com nada assustador, não até aquele fatídico momento.
Érica tinha de fugir. Tinha de sair do bosque. Ela se abaixou para pegar seu cachorrinho que estava vidrado em uma aranha escondida em sua toca.
Quando ela pegou o Poodle nos braços, o animal viu o homem além dos arbustos e latiu.
Então uma voz furiosa, como um trovão, indagou quem estava ali. O sangue gelou nas veias de Érica, ela sabia que havia chamado a atenção do maníaco que estava enterrando os cadáveres nos sacos pretos.

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CAPÍTULO 3

Desesperada Érica começou a correr mata adentro, sem olhar para trás, segurando firmemente o animalzinho que rugia nos seus braços.
Mas então Érica gritou quando sentiu agarrarem-na por trás. Era o maníaco! Iria matá-la e depois enterrá-la em uma daquelas covas.
Ela deu um puxão e correu e pôde perceber então que não era o maníaco, e sim um galho de arvore que enroscara na alça de sua bolsa. Com o puxão a bolsinha se rasgou fazendo seus pertences caírem pelo chão.
Primeiro Érica se certificou de que o maníaco não a estava seguindo. Depois pegou a bolsinha rasgada, catou os pertences e deu o fora daquele lugar medonho.
Érica voltou para casa às pressas, olhando constantemente para trás para se certificar de que não estava sendo seguida.  Estava decidida a não mais levar Spiker para passear no bosque. Pelo menos não no Bosque de Satanás que ficava no final de sua Rua.
Érica pensou em chamar a polícia, mas estava com muito medo. Queria esquecer o que viu e ficar o mais longe possível do bosque. Afinal, aquele homem estranho poderia estar no fundo de um bosque sombrio apenas enterrando outra coisa em sacos para cadáver, certo?
Pobre Érica, ela não sabia que seu pesadelo estava apenas começando.


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CAPÍTULO 4

No outro dia Érica acordou cedo para ir ao colégio. Era uma manhã fria e de chuva fina. Após se arrumar e deixar a casa ela andou pela calçada molhada, escapando das poças d’água. Tentava em vão aquecer as mãos nos bolsos do suéter que usava. Entrou na estação abarrotada de pessoas, passou pela catraca e desceu as escadas para pegar o metrô.
Então Érica ouviu a voz de um homem pedir desculpas por esbarrar em alguém e quando se virou seus olhos se encheram de terror ao ver um homem alto e magro, com a careca refletindo a luz do teto. Ela reconheceu o maníaco do Bosque imediatamente.
Pasma de medo, Érica percebeu que o homem tinha pressa pois que a tinha reconhecido também e estava atrás dela.
Como ele a tinha encontrado?
Ele a teria seguido até sua casa? Ela poderia jurar que não.
Mas então um arrepio percorreu suas costas enquanto ela tentava fugir, desviando das pessoas, tentando se afastar do maníaco, o que ele queria fazer com ela? Teria coragem de matá-la ali, na frente de todo mundo e enfiá-la em um de seus sacos para cadáver e enterrá-la no Bosque de Satanás?

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CAPÍTULO 5

Érica chegou na plataforma a tempo de entrar no metrô quando este emitiu o apito de fechar as portas.
Quando ela olhou para trás, as portas se fecharam e ela viu através do vidro que o homem calvo estava se aproximando, seus olhos pequenos e escuros fuzilavam os dela.
O tipo estranho começou a mexer os lábios em uma ameaça silenciosa. O metrô começou a andar, mas Érica conseguiu ler os lábios do homem que disse:
-Há um saco esperando por você!


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CAPÍTULO 6

Érica estava nervosa e apavorada enquanto se acotovelava com os demais passageiros no vagão lotado. O maníaco sabia que ela o tinha visto e agora a estava perseguindo. Por que ele faria isso se não houvesse pessoas naqueles sacos?
            Será que ele as matava para depois ocultar seus cadáveres no bosque ou quem sabe era seu trabalho, como um coveiro clandestino?
            Ela não tinha respostas para essas perguntas, mas tinha certeza que se não fosse cuidadosa acabaria morta e enterrada naquele bosque, precisava tomar uma atitude, afinal o maníaco a tinha perseguido. Será que isso era motivo para a polícia prendê-lo ou ele poderia alegar que apenas estava com pressa para pegar o metrô? 
Quase vinte minutos depois Érica chegou na sua estação, desceu do metrô e correu para as escadas rolantes quando um homem a segurou pelo braço, ela se virou e começou a gritar ao encarar o maníaco.

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CAPÍTULO 7

Mas então Érica se deu conta de que não era aquele homem que ela viu no bosque. Ele usava terno preto mais cedo quando tentou alcançá-la. Este era o segurança do metrô, um tipo calvo e baixinho, que apenas a segurou para avisar que o chão estava molhado devido a uma goteira. Poderia ser perigoso correr.
Érica assentiu, sem graça, pois todos estavam olhando para ela.
Então Érica se virou e foi para a escada rolante.  Seu rosto estava vermelho, envergonhada, mas aliviada de não ter sido o maníaco.

Érica estava apavorada. Não sabia se contava isso para seus amigos, se informava a polícia, afinal as pessoas são sempre tão céticas. Não sabia o que pensar. Mas precisava se decidir, antes que fosse tarde demais.

***

Naquela noite Érica estava em sua casa, sozinha. Os pais ainda não haviam retornado do trabalho. Era por volta das oito horas.
Ela estava fazendo o dever de casa, ainda aflita com sua situação, pulando da cadeira a cada latido que seu cachorro dava do andar de baixo da residência.
De repente Érica ouviu a campainha tocar. Em seguida vieram os latidos agudos de Spiker, o animal ficava solto pela casa. Ela havia marcado com sua amiga de ver um filme após o jantar e como de costume Agnes estava meia hora adiantada.  
Érica desceu as escadas, mandou seu cachorro parar de latir e abriu a porta dizendo que ainda faltava meia-hora para verem o filme.
Mas ao fitar a pessoa que estava do outro lado da porta, a cor sumiu do rosto de Érica enquanto um estridente grito de horror escapou de seus lábios. Diante dela estava o maníaco usando um sobretudo preto e fitando-a com seus olhos frios.

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CAPÍTULO 8

Ele a encontrara, e agora estava ali, parado à sua frente. Érica tentou fechar a porta, mas ele a segurou, mandando ela esperar com um rugido feroz.
O homem entrou no hall da casa sob os protestos de latidos furiosos do cachorro. Seus olhos frios fuzilavam os de Érica.
-Não grite, - murmurou o homem encarando Érica. Ele estava tão perto, não havia para onde fugir, ela estava completamente à sua mercê.
Érica sentiu seu corpo ficar mole quando viu o homem meter a mão no bolso do sobretudo.
Ele iria pegar uma faca para matá-la ali mesmo?
Ela queria gritar por socorro ou sair pela rua correndo em busca de ajuda, mas o medo frio e cruel havia paralisado todo seu corpo e roubado sua voz enquanto dilacerava seus nervos.

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CAPÍTULO 9

O homem tirou uma sacolinha do bolso do sobretudo molhado e entregou para Érica, dizendo que havia achado sua identidade e alguns outros pertences no bosque no outro dia.
Érica lutou para erguer seus braços e pegou a sacolinha com suas mãos trêmulas. Quando conseguiu respirar novamente, timidamente Érica indagou, sem pensar, o que estava nos sacos para cadáver que ele havia enterrado no bosque?
O homem riu. Um riso seco e amargo e disse que não eram corpos humanos se era isso que ela tinha pensado. Era apenas lixo. Ele apontou para seu furgão azul estacionado do outro lado da rua.
Érica olhou e viu a marca de uma empresa de eletrônicos.
O homem disse que usava o bosque para descartar seu lixo eletrônico, assim escapava das taxas do governo para esse tipo de descarte. Sabia que era errado, mas deu de ombros.  
Érica entendeu que ele estava cometendo um crime contra o meio ambiente, mas pelo menos não assassinando pessoas e enterrando seus corpos. Isto é, se ele não estivesse mentindo.
Érica riu nervosamente. Então o homem mudou o semblante e olhou seriamente para ela.
O homem disse que ela deveria guardar seu segredo, caso contrário o próximo saco a ser enterrado estaria com um corpo humano dentro.
Ele deu uma piscadela para ela, deu-lhe as costas e foi embora, deixando Érica mortificada, com o medo gelando novamente o sangue em suas veias.
Ele estava brincando, não é? Não é?

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