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O DOCE SOM DE SEUS GRITOS




Escrito por ALLAN FEAR

 


 

Oh! Foram mais que palavras que usei para expressar meu amor por você minha doce Milena!

Você queria ir até o limite, mas eu fui além.

Nós brincamos com a dor, explorando nossos desejos.

O instinto selvagem libertou a escuridão de minhas entranhas.

A escuridão que me dominou e me fez ceifar sua vida.

Seus olhos viraram de prazer e dor a cada facada, seus braços presos à cama se agitaram em espasmos incontidos.

Você gritou e mesmo quando o silêncio caiu sobre nós, seus gritos ainda ficaram ecoando em meus ouvidos.

O doce som de seus gritos me deslumbrou, me arrancou da realidade e eu não pude perceber quando arrombaram a porta do quarto de motel barato, então eles me levaram para longe de seu cadáver.

A insanidade me conduziu para celas brancas e acolchoadas. Taxaram-me de louco, mas de fato estou a enlouquecer a medida que os ecos de seus gritos desaparecem de minha mente, sufocados pelo som do silêncio.

A camisa de força me impede do auto-flagelo. Os remédios entorpecem meus sentidos.

Ah! Minha amada Milena, ouça minhas preces, atendei as minhas súplicas e venha para mim, eu preciso de você, de seus gritos e de sua dor.

Eu choraria se as lágrimas não houvessem secado. Eu estou triste, arrasado e trancafiado. Não sinto mais nada a não ser esse vazio insuportável.

            Oh! Deus! Eu preciso de dor para saber que estou vivo.

Preciso dos gritos de minha doce Milena para salvarem minha alma dessa inércia que me sufoca com seu maldito silêncio sepulcral. 











 

 

 

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